Preferi postar isso abertamente devido a importância que estou dando aos problemas que enfrentaremos quanto aos recursos naturais e a extinção das espécies:
Já é de conhecimento de todos meu interesse em brigar por um mundo melhor. As vezes temos a chance de encontrar pessoas com objetivos comuns. Uma dessas pessoas é Leandro Zayd com quem tive a oportunidade de trocar algumas mensagens.
Luiz Prado:
Leandro Zayd,
Muitissimo legal seu vídeo.
Ninguem poderia falar melhor sobre Razão instrumental (Max Horkheimer) do que vc fala.
Vivo sugerindo a leitura desse autor `a alguns pseudo-intelectuais, mas eles se recusam. Não dá mais pra viajar na idéia de mão invisível do mercado.
Algo pra pensar:
Tem um ponto (um pouco antes de 1 hora) em que vc fala que as empresas devem ser próximas umas das outras para que uma utilize os resíduos das outras nos seus processos industriais. Acho muito difícil porque para cada inovação que ocorresse dentro de uma empresa todas deveriam ser alertadas antecipadamente. Cada inovação destas se levasse uma média de 3 anos, um ciclo com 5 empresas só seria refeito totalmente após 15 anos. Uma forma mais simples seria que as empresas fossem obrigadas a recliclar ou criar formas de degradar seus resíduos até produtos biodegradaveis. Ou senão acelerar o processo de desenvolvimento das inovações e suas implantações.
A obsolecencia programada é mesmo uma merda. Mas é possivel encontrar um equilibrio. Criando partições para tempo da obsolescência e estipulando preços justos.
Imagine uma lampada que dure 20 anos. Para compensar, o tempo da lampada, o preço dela deveria ser alto. Uns 200 reais. A demanda seria pouca e valeria apena reciclar. Isso poderia estimular uma forma caseira de recliclagem e produção de lampadas de forma otimizada (meu sonho é que um dia a humanidade chegue a esse ponto em todos os produtos produzidos).
Leandro Zayd:
Sim, boas as suas alternativas, era isso que tinha em mente com as leis ambientais que apenas citei (pra não alongar mais o vídeo). O que propuz das cadeias ecológicas não serve pra solucionar o problema, mas é uma maneira de mostrar pra galera que o isolamento das pessoas no mercado e sua eterna competição as impede de unir esforços pra adotar políticas melhores pra natureza.
Mas usei disso pra promover o Projeto Vênus, não sei se já tinha ouvido falar antes, pois é uma cidade planejada pra ser sustentável que apoia um novo modo de vida, sem o dinheiro. Pra entender a lógica de funcionamento dele tem que pensar bem fora da caixa e é tanta coisa pra falar que estou programando um vídeo próprio, mas é o único jeito que vejo de resolver definitivamente as coisas. Pena que não vou conseguir expor brevemente aqui... tem os documentários que deixei na descrição, mas eles ainda não embasam muito bem os inúmeros pontos que se precisa saber pras pessoas confiarem nesse sistema.
Uma coisa muito boa que você disse é "Acho muito difícil porque para cada inovação que ocorresse dentro de uma empresa todas deveriam ser alertadas antecipadamente". Isso não seria preocupação numa economia sem dinheiro, pois não há empresas e nem concorrências, existem apenas pessoas e trabalho (naturalmente vão fazer os melhores produtos pra si, e pra que durem mais), por isso o processo produtivo é global e planejado previamente no início para todos. A ideia de sociedade é muito mais de família e cooperação, por isso fica fácil convergir esforços pras coisas que mais precisam. Falando assim superficialmente fica meio viajado, mas é pra isso que tenho outro vídeo grande pra fazer depois...
Luiz Prado:
Lí evi videos sobre o Projeto Venus.
A idéia é bonita. É o que sugere?
Pelo que entendi, nessa sociedade o capital seria os recursos. Correto?
Como falou anteriormente em seus outros vídeos acredito que a moeda deve ser :
Moeda = RecursosNeturais + RecursosRecliclados + Trabalho.
Olha só porque penso assim:
Lembra da cadeia de produção que havia falado antes?
Cada vez que o recurso passa por um ciclo de desenvolvimento, alguem tá inserido nesse ciclo trabalhando. Se cada recurso será utilizado em alguma fábrica, então temos que a soma de todos os recursos não dariam o valor agregado à soma de todos os produtos industrializados. Ficou faltando o trabalho das pessoas que participaram do processo de insdustrialização.
Então seria de interesse estratégico se as indústrias e geração de conhecimentos para reciclagem fossem do Governo? Fiquei nessa dúvida agora. O fato é que infelizmente, é mais fácil extrair certos recursos da natureza do que reciclar. Talvez o alumínio seja uma das exceções por ser mais fácil reciclar. Nesse caso poderia ficar na mão privada para estimular ainda mais a concorrência. Veja que se não valer apena reciclar, os empresarios não entrariam nessa. Isso realmente é uma tarefa que vai caber ao governo. Não tem escapatória. Para esse caso, os roialties das patentes devem ser então do governo quando descobrirem a melhor forma de reciclar.
O dinheiro não é, na minha visão, ruim. Ele é uma coisa boa, desde que se não ocorrerem as distorções que massacram os pequenos empresarios. Eu viveria numa boa simplesmente fazendo o trabalho que gosto. Mas não é a maioria que pensa assim. Sempre irão existir descontentes. O que acredito que devemos fazer é estabelecer um meio termo. O ponto mais equilibrado é realmente conter o tamanho do bolso das pessoas. Algo dentro de uns 5 milhões por exemplo. Acho que tudo se resolveria simplemente estabelecendo esse limite, pois até os corruptos do governo parariam de roubar quando chegassem nesse limite. Até na cadeia os presidiarios estabelecem uma moeda. O cigarro. O dinheiro não vai morrer enquanto existir sociedade.
Vivo sugerindo a leitura desse autor `a alguns pseudo-intelectuais, mas eles se recusam. Não dá mais pra viajar na idéia de mão invisível do mercado.
Algo pra pensar:
Tem um ponto (um pouco antes de 1 hora) em que vc fala que as empresas devem ser próximas umas das outras para que uma utilize os resíduos das outras nos seus processos industriais. Acho muito difícil porque para cada inovação que ocorresse dentro de uma empresa todas deveriam ser alertadas antecipadamente. Cada inovação destas se levasse uma média de 3 anos, um ciclo com 5 empresas só seria refeito totalmente após 15 anos. Uma forma mais simples seria que as empresas fossem obrigadas a recliclar ou criar formas de degradar seus resíduos até produtos biodegradaveis. Ou senão acelerar o processo de desenvolvimento das inovações e suas implantações.
A obsolecencia programada é mesmo uma merda. Mas é possivel encontrar um equilibrio. Criando partições para tempo da obsolescência e estipulando preços justos.
Imagine uma lampada que dure 20 anos. Para compensar, o tempo da lampada, o preço dela deveria ser alto. Uns 200 reais. A demanda seria pouca e valeria apena reciclar. Isso poderia estimular uma forma caseira de recliclagem e produção de lampadas de forma otimizada (meu sonho é que um dia a humanidade chegue a esse ponto em todos os produtos produzidos).
Leandro Zayd:
Sim, boas as suas alternativas, era isso que tinha em mente com as leis ambientais que apenas citei (pra não alongar mais o vídeo). O que propuz das cadeias ecológicas não serve pra solucionar o problema, mas é uma maneira de mostrar pra galera que o isolamento das pessoas no mercado e sua eterna competição as impede de unir esforços pra adotar políticas melhores pra natureza.
Mas usei disso pra promover o Projeto Vênus, não sei se já tinha ouvido falar antes, pois é uma cidade planejada pra ser sustentável que apoia um novo modo de vida, sem o dinheiro. Pra entender a lógica de funcionamento dele tem que pensar bem fora da caixa e é tanta coisa pra falar que estou programando um vídeo próprio, mas é o único jeito que vejo de resolver definitivamente as coisas. Pena que não vou conseguir expor brevemente aqui... tem os documentários que deixei na descrição, mas eles ainda não embasam muito bem os inúmeros pontos que se precisa saber pras pessoas confiarem nesse sistema.
Uma coisa muito boa que você disse é "Acho muito difícil porque para cada inovação que ocorresse dentro de uma empresa todas deveriam ser alertadas antecipadamente". Isso não seria preocupação numa economia sem dinheiro, pois não há empresas e nem concorrências, existem apenas pessoas e trabalho (naturalmente vão fazer os melhores produtos pra si, e pra que durem mais), por isso o processo produtivo é global e planejado previamente no início para todos. A ideia de sociedade é muito mais de família e cooperação, por isso fica fácil convergir esforços pras coisas que mais precisam. Falando assim superficialmente fica meio viajado, mas é pra isso que tenho outro vídeo grande pra fazer depois...
Luiz Prado:
Lí evi videos sobre o Projeto Venus.
A idéia é bonita. É o que sugere?
Pelo que entendi, nessa sociedade o capital seria os recursos. Correto?
Como falou anteriormente em seus outros vídeos acredito que a moeda deve ser :
Moeda = RecursosNeturais + RecursosRecliclados + Trabalho.
Olha só porque penso assim:
Lembra da cadeia de produção que havia falado antes?
Cada vez que o recurso passa por um ciclo de desenvolvimento, alguem tá inserido nesse ciclo trabalhando. Se cada recurso será utilizado em alguma fábrica, então temos que a soma de todos os recursos não dariam o valor agregado à soma de todos os produtos industrializados. Ficou faltando o trabalho das pessoas que participaram do processo de insdustrialização.
Então seria de interesse estratégico se as indústrias e geração de conhecimentos para reciclagem fossem do Governo? Fiquei nessa dúvida agora. O fato é que infelizmente, é mais fácil extrair certos recursos da natureza do que reciclar. Talvez o alumínio seja uma das exceções por ser mais fácil reciclar. Nesse caso poderia ficar na mão privada para estimular ainda mais a concorrência. Veja que se não valer apena reciclar, os empresarios não entrariam nessa. Isso realmente é uma tarefa que vai caber ao governo. Não tem escapatória. Para esse caso, os roialties das patentes devem ser então do governo quando descobrirem a melhor forma de reciclar.
O dinheiro não é, na minha visão, ruim. Ele é uma coisa boa, desde que se não ocorrerem as distorções que massacram os pequenos empresarios. Eu viveria numa boa simplesmente fazendo o trabalho que gosto. Mas não é a maioria que pensa assim. Sempre irão existir descontentes. O que acredito que devemos fazer é estabelecer um meio termo. O ponto mais equilibrado é realmente conter o tamanho do bolso das pessoas. Algo dentro de uns 5 milhões por exemplo. Acho que tudo se resolveria simplemente estabelecendo esse limite, pois até os corruptos do governo parariam de roubar quando chegassem nesse limite. Até na cadeia os presidiarios estabelecem uma moeda. O cigarro. O dinheiro não vai morrer enquanto existir sociedade.
Voltando à idéia do projeto venus, eu ví que as cidades ainda teriam muito concreto e aço. Eu estou muito pessimista quanto a essa possibilidade porque o aço e o concreto gastam muita energia para serem feitos. Para cada 1Kg de concreto são necessarios uns 3Kg de carvão. Para o Aço, sobe mais ainda. Acho que temos que descobrir uma forma de utilizar os recursos da natureza de forma a prouzirmos produtos mais resistentes utilizando o mínimo de energia possivel. Tarefa para uma Estatal de Reciclagem. Enquanto isso tento imaginar um mundo onde a cultura tolera casas de bambú, juta e Sisal.
Leandro Zayd:
Achei legal a parte que você disse "Até na cadeia os presidiarios estabelecem uma moeda. O cigarro. O dinheiro não vai morrer enquanto existir sociedade.", pois esta é uma linha de raciocínio presa ao modo como nosso mundo funciona: a escassez. A ideia do Projeto Vênus é gerar abundância, o que torna a moeda desnecessária. O mais difícil de entender a ideia que eles propõem é que encaramos muitas coisas de lá com os olhos de cá. Por isso falam tanto em mudança de valores.
Já sobre a construção é algo que não entendo bem, dos melhores materiais e tal. Mas como a proposta deles é usar a ciência pra determinar o melhor uso dos recursos, aposto que naturalmente chegariam ao que você propôs (não se tomam decisões, na verdade chegam-se a elas pela ciência). Já as imagens que vimos dos prédios também seriam diferentes na prática pois as paredes dos telhados provavelmente seriam pretas pra aproveitar melhor o uso da energia solar. O design é conceitual, pode e vai sendo modificado de acordo com as necessidades e capacidades.
Mas é isso aí, temos que focar nossas mentes na sustentabilidade. Não há outro jeito...
Luiz Prado:
Como poderiamos mudar os valores? Isso teria que ser trabalhado já desde criança. Vou dar um exemplo, tenho uma filha. Não gosto de impedir ela de fazer as coisas sem dar uma explicação. Existem coisas para as quais ela vai dar birra por não ter. Seria nesse momento que eu teria que me reeducar para ensina-la?
Eu tento negociar com ela. Algo dentro de uma média: 33% negocio com ela oferecendo alguma opção, de forma que ela fique contente. Outros 33% eu explico os motivos do porque ela não pode ter e ofereço algo do qual sei que não seja melhor do que o que ela queira, de forma que ela chore se quiser, mas não vai ganhar de denhum jeito. Nos ultimos 33% deixo ela ganhar a negociação se ela fizer de forma correta.
Eu sei que o mundo é escroto e por isso tento ensina-la a negociar, pra já ir entendendo como o mundo fuciona (Ainda). Eu precisaria ter uma visão diferente da atual para agir deiferente. Acho que nesse ponto realmente preciso de ajuda, pois se o mercado acabar, nossas mentes precisarão estar preparadas para uma nova forma de cultura.
Outra... Existirão coisas que não serão produzidas que serão de alguma forma monetizada. Parece absurdo que mesmo com as maquinas realizando 99% do trabalho ainda possa existir isso. Mas por exemplo, suponto que não existam maquinas para lavar pratos (1% que é o nosso trabalho). Pode ser o cúmulo da preguissa, pois só trabalha 3 dias por mês =D. Mas vamos lá... Vai ter um dia que você vai estar com preguiça de lavar pratos e vai sugerir à sua mulher uma troca por lavar o banheiro na semana se ela lavar os pratos no seu lugar. Com essas pequeninas coisas do dia adia a moeda irá surgir novamente. Seja na forma de cigarro, pão, um bolo que você fizer...
Tenho vontade de juntar uma galera para construirmos essa cidade. Onde ela ficaria? Como seriam selecionadas as pessoas? Infelizmente não acredito que esse negócio ande se ninguem tiver conhecimento e ferramentas para trabalhar. Mesmo tendo as melhores das intenções. Eu tenho uma reserva econômica pequena. Se mais uns 15000 se juntassem poderiamos comprar um terrenos para a experiência. Outro fator a se levar em consideração é que algumas cidades surgem por causa de algum recurso que possuem em abundancia em suas redondezas, seja ele minério, carvão, água ou mesmo uma boa terra para produção agrícola. Isso influênciaria muito da formação de cada indivíduo da cidade. Cada cidade destas teria então suas distribuições proprias de formados. Isso também pode ser volúvel com o tempo quando os recursos forem se exaurindo, ou forem sendo substituidos pelos reciclados.
Leandro Zayd:
Sim, é por aí o espírito da coisa. Sobre os valores que ensina pra sua filha é uma boa metodologia e tudo que passa pra ela seria reaproveitado no novo paradigma, pois usamos muito essas estratégias pra fazer amigos e nos relacionar com os outros, pois cedemos, impomos, então seu método é muito bom. A única diferença é que não seria mais aplicável aos negócios, já que ela teria o que precisa, então não haveria nada pelo que negociar (em termos de ganhar a vida).
Sobre o fim do mercado, creio que moeda (entendida como uma mercadoria de troca) seria extinta. O que disse sobre os pratos seriam resquícios disso, mas seria mais como divisão de tarefas. É como se voltássemos a ser nômades, dividindo o trabalho em todo o bando. Daí a "moeda" seria as horas trabalhadas nas funções que se precisa, de modo que trabalhos mais indesejáveis poderiam ter cargas de trabalho menores que os mais desejáveis, regulando oferta e demanda do pessoal (as máquinas poderiam ir calculando isso em tempo real de acordo com o trabalho do pessoal e fazendo ajustes dinâmicos dessas proporções). Isso sim considero possível, mas não como moeda, pois as pessoas não estão mais trocando coisas, estão apenas dividindo tarefas. Se uma família vai limpar sua casa e as pessoas resolvem trocar suas funções não vejo isso como trocas, daí que não vejo uma moeda comum surgindo para todos usarem. Isso sem considerar que muitas pessoas fazem trabalhos de voluntários hoje, desde ajudar comunidades carentes a wikipedias da vida, o que possivelmente apenas esse pessoal já daria conta do recado pra todo mundo (dando o direito pra todo o resto de ser vagabundo todo o tempo, se quiser lol). Mas isso é algo que teria que ser testado na prática pra saber...
Sobre o ponto da cidade, concordo com o que disse. Tudo depende da região, recursos e planejamento prévio.
Luiz Prado:
Vamos iniciar uma campanha procurando pessoas que tenham esse interesse? Precisaremos reestudar seus vídeos e o do Projeto Venus para elaborarmos um sistema onde os membros da cidade possam confiar e votar.
Se 10% da população tivesse a sua dedicação e seu interesse, não estariamos ferrados. por favor, não pare.
Forte Abraço
Luiz A. Prado
Leandro Zayd:
Achei legal a parte que você disse "Até na cadeia os presidiarios estabelecem uma moeda. O cigarro. O dinheiro não vai morrer enquanto existir sociedade.", pois esta é uma linha de raciocínio presa ao modo como nosso mundo funciona: a escassez. A ideia do Projeto Vênus é gerar abundância, o que torna a moeda desnecessária. O mais difícil de entender a ideia que eles propõem é que encaramos muitas coisas de lá com os olhos de cá. Por isso falam tanto em mudança de valores.
Já sobre a construção é algo que não entendo bem, dos melhores materiais e tal. Mas como a proposta deles é usar a ciência pra determinar o melhor uso dos recursos, aposto que naturalmente chegariam ao que você propôs (não se tomam decisões, na verdade chegam-se a elas pela ciência). Já as imagens que vimos dos prédios também seriam diferentes na prática pois as paredes dos telhados provavelmente seriam pretas pra aproveitar melhor o uso da energia solar. O design é conceitual, pode e vai sendo modificado de acordo com as necessidades e capacidades.
Mas é isso aí, temos que focar nossas mentes na sustentabilidade. Não há outro jeito...
Luiz Prado:
Como poderiamos mudar os valores? Isso teria que ser trabalhado já desde criança. Vou dar um exemplo, tenho uma filha. Não gosto de impedir ela de fazer as coisas sem dar uma explicação. Existem coisas para as quais ela vai dar birra por não ter. Seria nesse momento que eu teria que me reeducar para ensina-la?
Eu tento negociar com ela. Algo dentro de uma média: 33% negocio com ela oferecendo alguma opção, de forma que ela fique contente. Outros 33% eu explico os motivos do porque ela não pode ter e ofereço algo do qual sei que não seja melhor do que o que ela queira, de forma que ela chore se quiser, mas não vai ganhar de denhum jeito. Nos ultimos 33% deixo ela ganhar a negociação se ela fizer de forma correta.
Eu sei que o mundo é escroto e por isso tento ensina-la a negociar, pra já ir entendendo como o mundo fuciona (Ainda). Eu precisaria ter uma visão diferente da atual para agir deiferente. Acho que nesse ponto realmente preciso de ajuda, pois se o mercado acabar, nossas mentes precisarão estar preparadas para uma nova forma de cultura.
Outra... Existirão coisas que não serão produzidas que serão de alguma forma monetizada. Parece absurdo que mesmo com as maquinas realizando 99% do trabalho ainda possa existir isso. Mas por exemplo, suponto que não existam maquinas para lavar pratos (1% que é o nosso trabalho). Pode ser o cúmulo da preguissa, pois só trabalha 3 dias por mês =D. Mas vamos lá... Vai ter um dia que você vai estar com preguiça de lavar pratos e vai sugerir à sua mulher uma troca por lavar o banheiro na semana se ela lavar os pratos no seu lugar. Com essas pequeninas coisas do dia adia a moeda irá surgir novamente. Seja na forma de cigarro, pão, um bolo que você fizer...
Tenho vontade de juntar uma galera para construirmos essa cidade. Onde ela ficaria? Como seriam selecionadas as pessoas? Infelizmente não acredito que esse negócio ande se ninguem tiver conhecimento e ferramentas para trabalhar. Mesmo tendo as melhores das intenções. Eu tenho uma reserva econômica pequena. Se mais uns 15000 se juntassem poderiamos comprar um terrenos para a experiência. Outro fator a se levar em consideração é que algumas cidades surgem por causa de algum recurso que possuem em abundancia em suas redondezas, seja ele minério, carvão, água ou mesmo uma boa terra para produção agrícola. Isso influênciaria muito da formação de cada indivíduo da cidade. Cada cidade destas teria então suas distribuições proprias de formados. Isso também pode ser volúvel com o tempo quando os recursos forem se exaurindo, ou forem sendo substituidos pelos reciclados.
Leandro Zayd:
Sim, é por aí o espírito da coisa. Sobre os valores que ensina pra sua filha é uma boa metodologia e tudo que passa pra ela seria reaproveitado no novo paradigma, pois usamos muito essas estratégias pra fazer amigos e nos relacionar com os outros, pois cedemos, impomos, então seu método é muito bom. A única diferença é que não seria mais aplicável aos negócios, já que ela teria o que precisa, então não haveria nada pelo que negociar (em termos de ganhar a vida).
Sobre o fim do mercado, creio que moeda (entendida como uma mercadoria de troca) seria extinta. O que disse sobre os pratos seriam resquícios disso, mas seria mais como divisão de tarefas. É como se voltássemos a ser nômades, dividindo o trabalho em todo o bando. Daí a "moeda" seria as horas trabalhadas nas funções que se precisa, de modo que trabalhos mais indesejáveis poderiam ter cargas de trabalho menores que os mais desejáveis, regulando oferta e demanda do pessoal (as máquinas poderiam ir calculando isso em tempo real de acordo com o trabalho do pessoal e fazendo ajustes dinâmicos dessas proporções). Isso sim considero possível, mas não como moeda, pois as pessoas não estão mais trocando coisas, estão apenas dividindo tarefas. Se uma família vai limpar sua casa e as pessoas resolvem trocar suas funções não vejo isso como trocas, daí que não vejo uma moeda comum surgindo para todos usarem. Isso sem considerar que muitas pessoas fazem trabalhos de voluntários hoje, desde ajudar comunidades carentes a wikipedias da vida, o que possivelmente apenas esse pessoal já daria conta do recado pra todo mundo (dando o direito pra todo o resto de ser vagabundo todo o tempo, se quiser lol). Mas isso é algo que teria que ser testado na prática pra saber...
Sobre o ponto da cidade, concordo com o que disse. Tudo depende da região, recursos e planejamento prévio.
Luiz Prado:
Vamos iniciar uma campanha procurando pessoas que tenham esse interesse? Precisaremos reestudar seus vídeos e o do Projeto Venus para elaborarmos um sistema onde os membros da cidade possam confiar e votar.
Se 10% da população tivesse a sua dedicação e seu interesse, não estariamos ferrados. por favor, não pare.
Forte Abraço
Luiz A. Prado
Se a intenção é construir uma cidade completa do projeto vênus infelizmente não será possível construí-la com cooperação de dezenas de milhares de pessoas. Será preciso iniciativa pública realmente, como o Leandro estimou no vídeo o custo seria em centenas de bilhões para uma cidade de 1 milhão de pessoas.
ResponderExcluirÉ possível tentar construir uma cidade bem menor com alguns ideais do projeto vênus, mas com certeza não seria possível gerar abundância para toda a população.
Eu também acho difícil, mas acredito que já deveriamos começar a pensar nisso, pois nossos recursos devem acabar logo. As metrópolis estão super inchadas e isso causa vários problemas, como tráfego por exemplo. Atualmente eu tento buscar algumas soluções mais ao nosso alcance como criar um sistema de gestão com participação direta da população. Mesmo sendo simples e possível, tenho encontrado barreiras políticas, pois muitos querem continuar mamando. Se isso, que é muito simples, está difícil, imagine uma cidade. Eu também tenho vontade de participar de um teste assim, mas em menor escala. Claro que todas essas idéias são utópicas, ainda, mas acredito que aos poucos elas irão ganhar credibilidade e fé quando a população for preenchendo as lacunas que faltam. O grande lance é não ter medo de compartilhar as idéias, por mais absurdas que sejam.
ExcluirOlá pessoal! Comecei a ver os vídeo do leandro Zayd e tava procurando sobre ele e não achei nada além dos videos, pensei que tinha sumido do mapa rsrsrs'.Lendo essa entrevista gostei e muito do ProjetoVenus.
ResponderExcluirTenho interesse sobre o assunto.No momento ainda estou pesquisando sobre!
ABç!
Eu também fiquei sabendo sobre o projeto venus pelo Leandro Zayd. Ele manda bem mesmo. Achei a idéia muito boa, mas quanto a fazer uma cidade tão grande, penso ainda que é grandioso de mais para o início. Tenho vontade de participar de um projeto assim, mas em menor escala. Como encubadora. Acredito que o futuro da humanidade é se unir em um sistema social semelhante ao apresentado neste projeto. O problema é como fazer a transição do sistema atual para o do projeto. Acho que as pessoas precisam ter certeza de que funciona e para isso só testando em escalas menores.
ExcluirMuito agradável e pertinente ao momento que estamos vivendo ... faço parte do movimento zietgiest e the venus project em que estou aprendendo bastante .. é necessário compreender a essencia do conhecimento de recriar uma nova cultura de pensamentos desfiadores e automotivadores na importancia nos valores dos recursos naturais ... aliados entre CIENCIA (conhecimento e sabiduria) E TECNOLOGIA (meios de extensão de nosso corpo) de pensar ... daqui seguem meus estudos e esforços por aprender e ensinar um sistema baseado em recursos que adiministrados e distribuidos de modo inteligente possamos recriar um cidade universitária que produza conhecimento teorico e prático ... já somos capazes de realmente ser uma civilização ... por enquanto ainda não... precisamos passar por esta transformação avançada superar nossos medos com coragem ...
ResponderExcluirMeu nome é Telmo Leonardo estou on face ... um abraço a todos
ExcluirBem vindo Telmo Leonardo! Não estamos sozinhos. Só estamos um dispersos por conta dos afazeres, mas os objetivos são mútuos.
Excluir1 Timóteo 6.10 "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males". Isso quer dizer que vc, Leandro, está Biblicamente certo.
ResponderExcluirMeus caros amigos,
ResponderExcluirEnche me de alegria saber que nem tudo está perdido e que existe algumas estrelas brilhando nessa tão grande escuridão. Não tenho o conhecimento de vocês, mas como as ideias que vocês transmitem nos enche tano tanto de esperança, fiquei pensando se não seria uma boa ideia procuramos reunir pessoa com espírito semelhante por todo o Brasil, e passamo a realizar congressos periódicos para a abordagem de tais temas. Tais congressos serviriam principalmente para se procurar fazer uma coesão entre as pessoas que pensam semelhante. linhares.sapiens@gmail.com.
Tamos junos Sr. Linhares. Abracao e sucesso!
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